A Índia como um todo é responsável por mais de 60% das vacinas vendidas mundialmente. O instituto é o maior fabricante de vacinas do planeta por número de doses: produz 1,5 bilhão por ano.

O Instituto Serum, da Índia, é o maior fabricante de vacinas do planeta por número de doses e deve ter papel fundamental na imunização contra a Covid. O Instituto Serum produz 1,5 bilhão de doses de vacinas por ano para várias doenças, de poliomielite a caxumba. A estimativa é que seis em cada dez crianças no mundo recebam pelo menos uma vacina fabricada pela empresa indiana.

Como um todo, a Índia, segundo país mais populoso do planeta, é responsável por mais de 60% das vacinas vendidas mundialmente. É dona de um setor farmacêutico de US$ 40 bilhões. Como desperdiçar, neste momento, uma indústria pronta como essa, que pode ajudar tanto?

Foi para o Serum que a OMS e a Aliança de Vacinas olharam no meio de 2020, quando ainda pensavam em como fazer chegar uma futura proteção contra a Covid ao maior número de pessoas, de forma rápida e barata.

Por meio do Covax, o consórcio global de vacinas, a OMS encomendou aos indianos a produção de 200 milhões de doses do imunizante que está sendo desenvolvido pelo laboratório americano Novavax, e também da vacina Oxford/AstraZeneca.

Em uma negociação com a AstraZeneca, o Instituto Serum também conseguiu uma licença, semelhante à da Fiocruz no Brasil, para fabricar pelo menos um bilhão de doses da vacina, boa parte para países de baixa e média renda.

O instituto já produziu e guardou no estoque mais de 50 milhões de doses. O plano é fabricar mais 400 milhões até julho. Administrada pelo filho do fundador, a empresa está ampliando a linha de produção – um investimento para poder chegar ao patamar de um bilhão de doses por ano só dessa vacina.

A agência reguladora indiana já aprovou o uso emergencial de dois imunizantes: o da parceria Oxford/AstraZeneca e o Covaxin, da empresa local Bharat Biotech, que ainda não divulgou os dados de eficácia.

Depois de muitos testes, a Índia se prepara para começar o programa de vacinação na próxima semana. Por isso, o Instituto Serum acelera a produção – vai precisar atender à gigantesca demanda interna e ainda à externa. E existem mais acordos para produzir localmente, em larga escala, vacinas feitas por laboratórios de outros países. Além disso, o instituto vem testando também imunizantes próprios.

“Eles têm um alcance enorme. A pandemia está mostrando como é importante um país estar pronto para ajudar não só a própria população. O que acontece na Índia é fruto de um investimento pesado, um grande caso de sucesso”, diz um professor de imunologia da Universidade Britânica de Birmingham.

Várias empresas apressam investimentos e se preparam para uma demanda global. Numa fábrica que produz frasquinhos de vidro que guardam as doses da vacina, um dos diretores fala que aumentou a capacidade de produção anual de 300 milhões de frascos para um 1,5 bilhão. A empresa diz que está negociando com dez fabricantes de vacinas na China e no exterior.

O país dá sinais de que não vai ser coadjuvante nessa história. Difícil imaginar o mundo inteiro recebendo vacinas contra a Covid sem que boa parte desta logística colossal passe pelo país.

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